quinta-feira, julho 7

eu resistirei

Eu entrei no facebook, e li uma notícia, sobre a classe C estar aderindo ao face, a notícia falava também sobre a decadência do orkut. E então eu pensei no absurdo de eu me sentir velha, porque eu já considero certas coisas da internet, como sendo velhas e sem graça. E bem quando eu resolvo postar sobre isso, me deparo com o novo design do blogger, um design modernete e minimalista, eu achei um saco. Mas o que eu queria dizer, é que eu gosto do orkut, e eu fico triste com essa decadência, o orkut é engraçado e nostálgico. Eu me lembro de quando entrei no site, através de um convite, eu tinha 12 anos e gostava de Happy Tree Friends (outra coisas que aparentemente, perdeu a graça), eu fazia download de videos do Massacration pelo emule, porque o youtube não existia em 2004. E eu esperava até a meia noite, na sexta-feira, para entrar na internet e passar o final de semana inteiro me enchendo de porcarias virtuais, mas as coisas pareciam ter mais graça, aliás, qualquer coisas é mais engraçada do que esses memes idiotas, até a corrente da Samara, de 13 anos, que morreu na cerca elétrica, era mais interessante. Para descarregar a câmera então, uma desgraça para baixar as fotos de 1.5 Megapixels. E a gente ainda conseguia se achar bonita, porque foto de mais de 4.0 Megapixels, eu nunca tinha visto. Eu não quero que o orkut acabe, e aqui fica o registro do meu primeiro scrap recebido, que foi do meu primo:


apagar27/07/04

Lucas Santiago:

Quem diria hein, to tendo mais contato com vc pela internet hein prima. Fica então um abraço virtual!



alias, a cor do orkut era mais legal antes.

quarta-feira, junho 29

o fenômeno das crianças nas latas de lixo

Todo mês aparece uma noticia, de alguma criança achada jogada em uma lata de lixo ou terreno baldio, e quanto isso acontece chovem comentários, que a mãe é uma puta, desgraçada, endemoniada, sem alma e principalmente uma aberração, por que afinal, como uma mulher pode não querer ser mãe? Sempre é difícil eu me fazer entender, mas pô, eu não sou a favor do infanticídio. Mas eu acho graça pegar uma noticia dessas , totalmente fora do contexto,e apontar que uma pessoa x (a mãe) é a culpada, e aí vem os pro-vida (aqueles que são anti aborto) com seus mesmos argumentos: "deu agora tem que se responsabilizar", "pensasse isso na hora do bem bom", "que deixasse a criança num orfanato". Então eu digo: "o ser humano não se reproduz assexuadamente",  mas parece que as pessoas se esquecem disso na hora de acusar alguém por ter jogado uma criança na lata do lixo. São coisas a serem pensadas, eu só falei de uma parte da história, porque sinceramente, eu estou sem paciência para fundamentalistas, quem sabe outro dia eu não me inspire pra falar de quem mais tem culpa por essas coisas acontecerem.

ps: quando isso ocorre, é incrível como chove pessoas de bom coração para adotar essas crianças, ignorando a enorme quantidade de crianças para serem adotadas nesse país.

segunda-feira, maio 23

A pequena vendedora de fósforos

Eu lembro da primeira vez que me senti realmente angustiada sobre alguma coisa, e foi quando eu tinha uns 5 anos e assisti, num fita VHS que a minha mãe gravou da tvescola, um filminho do conto da pequena vendedora de fósforos. Eu assisti aquele vídeo umas duas, três vezes, o que era muito pouco para quem assistia os mesmos filmes mais de dez vezes. Eu começava a chorar quando a menina ia na porta de um teatro vender os palitos de fósforo, e as pessoas muito bem aquecidas que ali estavam pareciam nem notar sua existência, enquanto a menininha morria de frio. E a menininha morreu de frio, mas encontrou sua avó e foi feliz para sempre, como tem que ser. Mas eu não acreditava que ela havia sido feliz, como alguém poderia ser feliz morrendo de frio? E eu chorava com culpa, porque eu não gostava que me vissem chorando, assim, por nada, por um desenho idiota. Ontem eu assisti o filme "O mágico" e eu senti exatamente a mesma coisa que senti quando assisti a menininha dos fósforos morrendo de frio, senti como se algo me prendesse o ar, e eu queria chorar, mas eu não ia chorar por um desenho, não ali na frente de todas as pessoas, não ia chorar por isso com 19 anos. Não chorei, mas talvez o ar ainda me falte.

quinta-feira, maio 19

fim

Ultrapassei a metade do curso. Logo na metade desse blog eu passei no vestibular, aí  minha preocupação era onde morar, onde comer, como seriam as matérias, será que eu gostaria? será que eu ía terminar o curso? agora penso em tcc onde vou morar depois que sair, como será a vida lá fora, e se eu não tiver dinheiro pra comer, será que eu entro no mestrado, será que vou ficar tempo a mais aqui sem necessidade? será que não? e se sp for melhor que são carlos e se não e se se e se mas e se? (fragmentos de post its do desktop do notebook)

dancing queen

uma coisa que eu adorava fazer era pegar frases da minha agendinha rosa e colar no blog. em comemoração ao meu retorno esperado, lá vai

"me lembrando de quando tinha dezzessete anos e amanhecia comendo o mundo, tão feliz que acendia lâmpada com os olhos"
(Adélia Prado)

E realmente, sempre lembro dos 17. Idade que ficará marcada na minha vida. Post meloso. Sou boba?
Em Dancing Queen do ABBA música que também marcou os meus dezessete, tem a palavra seventeen.
Música que marcou os meus dezessete me faz parecer ter uns 40 agora, céus!
Ah também fui assistir Mamma Maia o musical e é lindo e eu adorei =D

Resolvi blogar

Certo dia estava eu sentada na cadeira  do banheiro (cadeira mesmo e não o troninho. tem uma cadeira no banheiro que acho que existe desde sempre) enquanto escovava os dentes quando pensei que realmente fazia tempo que não postava no blog que acompanha a minha juventude. Então pensei que poderia postar relatando algo curioso que deve acontecer com todas as pessoas do planeta mas que eu sempre achei que fosse única: sucessão de pensamentos. Sucessão de pensamentos é quando você começa a pensar numa coisa depois em outra e em outra e em outra e no final da última coisa que você pensou você para e pensa "mas pera por que eu comecei a pensar nessa coisa mesmo?" e aí eu testo a memória tentando lembrar. Uma variação desse comportamento é quando você começa a falar sobre várias coisas com uma pessoa, para e pergunta pra ela como foi que começaram a falar sobre isso mesmo?
Enfim. Olá blog ;-)

sábado, março 19

LOCA, LOCA, LOCA

Eu ando na onda da música POP, na verdade eu sempre gostei, mas eu tentei fugir disso ouvindo muito Chico Buarque e outras coisitas que eu achava que eram dignas de serem ouvidas, mas ainda bem que chega uma hora que a gente percebe que não vai emburrecer se ouvir Shakira , Lady Gaga ou se dançar Katy Perry numa festa. Pois é, e além disso eu gosto de assistir Glee e não acho que isso deva determinar minha idade mental. Preconceitos eu também tenho, todo mundo tem, estranho seria se não tivessemos. Eu tinha preconceito, e achava que música pop era chata e poderia denegrir minha imagem como mulher, mas o que pude perceber é que algumas denigrem, outras não, outras são mais dançantes, outras são menos, algumas glorificam o uso excessivo do alcool e outras coisas, assim como eu acho que existem muitas músicas que são ouvidas nos meios pseudo intelectuais que fazem exatamente a mesma coisa. Eu não estou aqui dizendo que eu amo a música pop e que morreria para ver alguns shows, também não me considero uma pessoas "super eclética", muito pelo contrário, na verdade eu bem que gostaria de conseguir me divertir em todo tipo de festa com qualquer música. O que eu acho é que não existe música burra ou musica inteligente, eu não vou deixar de ouvir algo só porque dizem que tal estilo de musica é alienante. Para mim, não é.

quinta-feira, fevereiro 3

Eu lembro que no 3º ano do ensino médio eu ganhei uma nota baixissima de redação por defender a legalização do aborto, foi o tema que eu escolhi escrever em meio a tantos outros também polêmicos, já que a intenção dessa porcaria de aula era fazer a galera aprender a escrever em um ano. Eu redação estava totalmente nos moldes e provavelmente sem muitos erros de ortografia, então fica fácil saber porque a professora me deu um 4. Escrevo isso aqui, porque eu quero e preciso urgentemente reaprender a dizer o que penso, coisa que deixei de fazer desde que entrei na graduação, acho que por medo de eu não conseguir embasar minhas opiniões. Finalmente eu comecei a achar que isso foi a pior coisa que eu poderia ter feito, eu não preciso ter um embasamento para ter uma opinião sobre qualquer coisa. Eu sou a favor da legalização do aborto e pelo que eu me lembre, sou desde que eu aprendi o que era um aborto, mesmo com todas as pessoas me dizendo que eu não tinha Jesus no coração e minha mãe me torrando a paciência ( e torra até hoje) dizendo que o feto também já tem um espírito. Ultimamente não ando questionando muito, e se antes eu dizia que era atéia, hoje digo que tanto faz, mas só não venham me falar de cristianismo. Não dúvido da existência de espíritos, mas eu preciso pensar em coisas práticas. Quando eu comecei a pensar em aborto, eu pensei que era ao menos uma garantia no caso de uma gravidez indesejada e acho que pouco me importava se era ilegal ou não porque faria do mesmo jeito, não demorou muito para eu perceber o quanto eu estava sendo egoísta, porque apesar de eu estar sempre dura, eu não precisaria enfiar uma agulha no meu utero caso quisesse abortar e que fazer um aborto não é tão simples quanto chupar um pirulito, aí eu já havia entendido que aborto não serve de método contraceptivo, e não preciso de muito para eu chegar a essa conclusão. E agora quando entrei no facebook, vi algo que chegou a me dar um nó na garganta, e por isso que vim escrever aqui, porque uma convenção social estúpida não me deixa falar isso diretamente para quem eu gostaria. A pessoa em questão, uma mulher, mãe do primeiro filho (com 1 mês de vida, eu acho) coloca um video que eu não tive a paciência de ver até o fim de tanta náusea que me deu, mas que não foi causada por cenas de abortos ou fotos de fetos, foi de perceber (de novo) como as pessoas que estão, na teoria, no meu "seio familiar" conseguem pensar tantas barbaidades. Voltando, quem postou o video é uma mãe de primeira viagem, que desejou muito o filho, comprou trocentas roupas, brinquedos e parafernálais de bêbê. Tem uma boa renda e emprego, mora muito bem e o pai da criança existe para bancar e para eventuais problemas, e tem uma meia dúzia de pessoas de prontidão para trocar uma fralda, dar um banho ou dar de comer. Eu acho que eu não preciso nem fazer uma comparação. Termino por aqui, cada um entender como quiser.